ARTE MAÇÔNICA - MESTRES

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MESTRES DA ARTE, ARQUITETUTA, ENGENHARIA, E OUTRAS CIÊNCIAS,

ROTEIRO PARA APRESENTAÇÃO DE PALESTRA SOBRE A INDEPENDENCIA DO BRASIL

ROTEIRO PARA APRESENTAÇÃO DE PALESTRA SOBRE A INDEPENDENCIA DO BRASIL 

 Aug:. e Resp:. Loj:. Simb:. "Fraternidade Walter Miguel"
Palestra apresentada em 07 de setembro de 2.002

 CERTIDÃO DE NASCIMENTO DO BRASIL

"Era terça feira de oitavas de Páscoa, decorridos 21 dias do mês de abril, quando a armada de Pedro Álvares Cabral descobriu" alguns sinais de terra ". No dia seguinte, avistou-se pela manhã, em primeiro lugar um monte grande, muito alto e redondo e outras serras mais altas ao sul dele; é terra rasa com grandes arvoredos".
Em Porto Seguro, há 502 anos passados, Pero Vaz de Caminha, iniciou assim sua celebre carta, datada do primeiro dia do mês de maio de 1.500.
Essa carta é a CERTIDÃO DE NASCIMENTO DO BRASIL, de um povo que somente três séculos depois, deixaria de ser Colônia.

TREZENTOS E VINTE E DOIS ANOS DE BRASIL COLONIA

Fatos importantes aconteceram nesses 322 anos de Brasil colônia, (302 anos de colônia e apenas 180 Independente), mas como o tema hoje é a Independência do Brasil (em relação a Portugal), vamos nos ater apenas nos fatos que realmente tiveram influencia para a proclamação dessa Independência, porque o Grito do Ipiranga, foi à coroação de uma luta cujas sementes tinham sido lançadas no inicio do século XVIII.

PRESSÃO INTERNACIONAL E ATUAÇÃO DOS JORNAIS

No final do século XVIII e inicio do século XIX, havia uma forte pressão internacional contra o colonialismo existente no mundo.
No Brasil, as manchetes dos jornais da época, "A Gazeta do Rio de Janeiro", "O Reverbero Constitucional Fluminense", o "Correio Brasiliense" conhecido também como "Armazém Literário".e outros, pregavam idéias de rompimento total com Portugal e insuflavam as manifestações pela Independência que eram sentidas em todo o território nacional, desde o nordeste até o Rio Grande do Sul.
O "Correio Brasilense"
(que foi editado em Londres, entre julho de 1.808 e dezembro de 1.822).
Pelo Ir:. Hipólito José da Costa, e era distribuído clandestinamente no Brasil, e em Portugal.
(Hipólito foi perseguido pela Santa Inquisição, preso em Portugal, conseguiu evadir-se da prisão e refugiou-se na Inglaterra.) (Hoje Hipólito José da Costa é o Patrono da imprensa do Brasil).

MOVIMENTOS LIBERTARIOS

A Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa reforçavam a consciência dos brasileiros e de muitos portugueses aqui residentes e até mesmo das cortes portuguesas, a Independência do Brasil era inevitável.
E no Brasil começassem a surgir MOVIMENTOS LIBERTÁRIOS como, em novembro de 1.707, o confronto, que ficou conhecido como a guerra dos Mascates. Em 1.708, a Guerra dos Emboabas, em São Paulo.
Em 1720, em Minas, o levantamento contra a política Fiscal da Coroa.
Em 1.789 o inicio da Inconfidência Mineira, que levou a morte de Tiradentes em 1.792.
Em 1.798, a Conjuração Baiana, a Revolta Pernambucana em 1817, e outros.
A força da imprensa, a pressão internacional e os movimentos libertários, cada vez mais constantes enfraqueciam cada vez mais o sistema colonial.

PARTICIPAÇÃO DA MAÇONARIA

A Independência aconteceria de qualquer maneira e a qualquer custo.
E da mesma maneira que fez a maçonaria Francesa, em relação à Queda da Bastilha e a Americana em relação à Independência dos Estados Unidos, criar essa consciência foi a participação maior da maçonaria Brasileira para a Independência.
Criar uma consciência, coletiva, mostrar o caminho, esclarecer, esse foi sempre o trabalho maior e mais eficiente da maçonaria, a maçonaria nunca precisou pegar em armas, apenas prepara os espíritos, cria a consciência e o resto acontece naturalmente.
Portugal, vendo que era inevitável a Independência do Brasil, queria conduzir esse processo para dar ao Brasil uma Independência apenas administrativa, porem ficando ligado a Corte, isto é o Brasil ao invés de colônia passaria a ser um país participante do Reino Unido.
(Parecia que tudo caminhava bem nesse sentido).

VINDA DA CORTE PORTUGUESA AO BRASIL

Mas em 1.808, diante do avanço das tropas de Napoleão, que já se encontravam próximas a Lisboa, a Família Real Portuguesa fugiu para o Brasil, sendo o governo de Portugal confiado a uma junta de governadores, essa junta de governadores era a representação da burguesia portuguesa.
A corte portuguesa chegou ao Brasil e D. João precisava criar condições de aqui permanecer em paz e vivo, precisava controlar a pressão popular contra o colonialismo e para isso, liberou imediatamente o Brasil para comerciar com qualquer outro país, a abertura dos portos. Permitiu também um desenvolvimento industrial, e substituiu as Capitanias Hereditárias por Províncias.
Elevou assim o Brasil da condição de colônia à de "Participante do Reino Unido de Portugal e Algarves", porém continuava administrado pela coroa.
Mas de qualquer maneira, estavam criadas as condições para uma Independência administrativa maior, onde o Brasil continuaria ligado a Portugal.
Até ai as coisas caminhavam conforme o planejado.

REVOLUÇÃO DO PORTO, RETORNO DE D. JOÃO VI

Mas em 1.820, em Portugal, aconteceu a revolução do Porto, a burguesia mandatária do poder, estava descontente com a queda da arrecadação devida ao comercio direto do Brasil com outros paises, e tenta fazer o Brasil voltar a condição de colônia.
Voltar a condição de colônia?
Daí a coisa pegou, o Brasil não aceitaria regredir.
O Parlamento Português elaborou então uma nova constituição para Portugal, e por essa constituição eram muito diminuídos os poderes do rei. Obrigaram D. João VI a jurar Lealdade a essa nova Constituição e a retornar imediatamente a Portugal.
O que fazer, retornar ou não retornar, eis a questão.
Se D. João VI voltasse a Portugal com todo seu séqüito, como era a ordem recebida, certamente seria proclamada a Independência do Brasil, (ele perderia o Brasil) se não voltasse perderia o Trono Português (perderia Portugal).
E agora D. João?
Certamente foi José Bonifácio quem sugeriu uma solução.
Voltou para Portugal e deixou no Brasil seu filho, D. Pedro de Alcântara Francisco Antonio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, nascido em 1798, no Paço Real Quinta de Queluz, em Portugal.
D. Pedro ficou no Brasil como Regente e foi orientado para conduzir a Independência, caso isso se tornasse inevitável.
"Meu filho, coloque a coroa em sua cabeça antes que algum aventureiro o faça".
Cabia assim a D. Pedro, conduzir o Brasil na busca de seu destino, e se possível, mantê-lo ligado ao reino de Portugal.

INICIAÇÃO MAÇONICA DE D.PEDRO I

E a maçonaria coube revelar novos lideres para direcionar os acontecimentos no rumo da emancipação política do país.
Foi sem nenhuma duvida a maçonaria, a grande, a maior força política que pugnava pela Independência.
D. Pedro conhecia o poder e a grande influencia da maçonaria, sabia também que o grupo de republicanos liderados por Ledo, era o mais forte.
O que fez D. Pedro?


Passou a pretender sua admissão na maçonaria para poder orientar essa força e esse prestigio, para que após a independência, (que era inevitável) o Brasil continuasse com o regime monárquico, onde ele D. Pedro, seria naturalmente o rei.
Conduzido por José Bonifácio, (segundo alguns historiadores), por Ledo (segundo outros) D. Pedro foi iniciado no 13º dia do 5º mês maçônico do A:.D:.V:.L:. de 5.822, - 2 de agosto de 1.822, E:.V:.-.
Foi iniciado com todas as formalidades ritualísticas.
Naquela época, os maçons iniciados escolhiam um nome maçônico, (alguns ritos o fazem ainda hoje) e claro quase todos escolhiam nomes de grandes escritores ou de heróis do passado.
D. Pedro tomou o nome de Guatimosim.
Porque Guatimosim?
"Guatimosim foi o ultimo Imperador Asteca de Anahuac, região que corresponde ao México atual. Defendeu heroicamente seu Império contra os invasores espanhóis, comandados por Cortez".
Em 1.522 ele foi morto, mas antes foi supliciado pelos conquistadores, tendo inclusive sido obrigado a deitar-se sobre brasas.
D. Pedro tomou esse nome para colocar-se simbolicamente na posição de defensor do Brasil e disposto a qualquer sacrifício para defende-lo.
Três dias depois de Iniciado, D. Pedro foi Exaltado ao Grau de Mestre, por proposta de Joaquim Gonçalves Ledo, e posteriormente Elevado a Grão Mestre do GOB, substituindo a José Bonifácio, sem que tivesse havido qualquer eleição e na ausência de Bonifácio (golpe de estado maçônico).

POSIÇÕES DIVERGENTES SOBRE A INDEPENDENCIA

A Independência era eminente, mas não havia unanimidade na forma como se desejava essa Independência.
Nem mesmo entre os maçons.
Existiam dois grupos (de maçons) antagônicos, o primeiro encabeçado por José Bonifácio, reforçado por seu Irmão carnal o também maçom Antonio Carlos da Andrade e Silva, e pelo Visconde de Cairú, Ir:. José da Silva Lisboa e outros.
O outro grupo, mais forte que o primeiro, era encabeçado pelo Ir:. Joaquim Gonçalves Ledo.
José Bonifácio de Andrada e Silva pugnava por uma emancipação política com relação a Portugal, mas que fosse criada uma comunidade Brasílico-Lusa de Países Autônomos. Ele na verdade defendia a Independência administrativa, mas com a continuação do Status de Reino Unido, unido a Portugal naturalmente.
Inclusive no primeiro momento, Bonifácio propunha que nessa comunidade Brasílico-Lusa, não fosse permitida a escravização dos negros e que se confiscasse as Sesmarias improdutivas e as distribuíssem aos sem terra que quisessem cultivá-las.
(Foi assim em 1.821 lançada pelo Irmão José Bonifácio a primeira semente de reforma agrária para o Brasil.).
Mas convencido de que o rompimento era necessário, torna-se o principal ideólogo da Independência política do Brasil e é reconhecido como o Patriarca da Independência.
Fora da corte, o outro grupo tendo a frente os nossos Irmãos Joaquim Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa, atuavam nos jornais e nas Lojas Maçônicas, fazendo pesadas criticas ao colonialismo português e defendiam a total separação da metrópole, até mesmo o fim do sistema monárquico, eles queriam ao mesmo tempo, a Proclamação da Independência e criação da República.

DIA DO FICO

Em Portugal D. João foi pressionado pelas cortes constituintes a chamar D. Pedro de volta a Lisboa.
O Príncipe não acatou às ordens, porque julgava essas ordens maneiras de se diminuir o poder da Monarquia e sabia também que seu pai somente as decretou, pressionado pelas forças de oposição.
Cercou-se de um grupo de brasileiros, (todos maçons) que defendiam a permanência do Príncipe no Brasil.
No dia 29 de dezembro de 1.821, D. Pedro recebe um abaixo assinado pelo povo brasileiro, pedindo que não deixe o Brasil.
Sua decisão de ficar foi anunciada solenemente no dia nove de janeiro de 1.822, com a famosa frase "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico".
Episodio que passou para a historia como "Dia Fico".

REAÇÃO DE PORTUGAL

Com esse ato, ficou claro que estava próximo o rompimento com Portugal e que esse rompimento seria decretado por D. Pedro.
Em 3 de junho de 1.822, D. Pedro convoca a Primeira Assembléia Constituinte Brasileira.
A reação de Portugal foi rápida e enérgica.


Anularam por decreto real a Convocação da Assembléia Constituinte Brasileira, exigiram o imediato regresso a Portugal do Príncipe Regente e mais, ameaçaram D. Pedro com envio de tropas caso não acatasse essas ordens.

REAÇÃO DE D.PEDRO I

A contra reação de D. Pedro foi maior ainda.
No dia 1º de agosto de 1822, ele baixa um Decreto declarando inimigas as tropas portuguesas que desembarcarem no Brasil.
Cinco dias depois, dia 6 de agosto, assina um manifesto redigido por José Bonifácio, e endereçado às Nações Amigas, onde justifica o rompimento com as Cortes Constituintes de Lisboa, mas assegura a condição do Brasil como Reino Unido de Portugal.

O QUE PRECEDEU A INDEPENDENCIA

Em fins de agosto, o maçom Antonio Menezes de Vasconcelos Drumonnd, trouxe para José Bonifácio, noticias da Bahia e de Pernambuco. Algum tempo depois ele próprio relatou em suas memórias:
"José Bonifácio acabara de receber noticias de Lisboa, e junto com aquelas que eu trouxera da Bahia e de Pernambuco, julgava conveniente acabar com os paliativos e proclamar a Independência. Entendeu Bonifácio que não se devia adiar para mais tarde esse ato". De posse desses papeis, Bonifácio convocou o Conselho de Estado para se reunir, nessa reunião estava presente a Princesa, e ali se decidiu Proclamar a Independência"
Mas o Príncipe estava viajando pela província de São Paulo.
Bonifácio chamou então (o correio) Paulo Bregaro, que já estava de prontidão, e determinou que levasse todos os despachos imediatamente ao Príncipe.
Com a recomendação expressa:
"Se não arrebentar uma dúzia de cavalos no caminho, nunca mais será correio - veja o que faz!".
A correspondência era composta de:
Uma carta de D. João VI,
Uma carta de José Bonifácio,
Uma carta da Princesa Leopoldina,
Uma Carta de Chamberlain, (Agente Secreto do Príncipe).
Carta da Corte, exigindo o regresso imediato de D. Pedro e a prisão de Bonifácio."


D. Pedro e sua comitiva foram alcançados no dia 7 de setembro, as margens do Riacho Ipiranga. D. Pedro estava um pouco distanciado de sua comitiva e de sua Guarda de Honra, porque se refazia de um mal estar gastrointestinal.
Paulo Bregaro, (o correio) chega-lhe ao encontro junto com o Guarda de Honra, Major Cordeiro."
Veja o relato do próprio Padre Belchior, publicado em 1826.
"D. Pedro, pediu-me que lesse tudo em voz alta".
Isto feito, tremendo de raiva, arrancou-me os papeis das mãos, amarrotou-os, pisou-os e os deixou na relva. Eu os apanhei e guardei, à espera da próxima reação.
Depois abotoando-se e compondo a fardeta, virou-se para mim e disse:
-E agora Padre Belchior?
-Se V.A. não se faz Rei do Brasil, será prisioneiro das Cortes e talvez deserdado por elas. Não há outro caminho senão a Independência e a separação.
-Padre Belchior, eles o querem, terão a sua conta. As Cortes me perseguem, chamam-me com desprezo de "rapazinho" e de "brasileiro". Pois verão agora quanto vale o "Rapazinho"
De hoje em diante estão quebradas as nossas relações: nada mais quero do governo português e Proclamo o Brasil para sempre separado de Portugal.
Arrancou o laço azul e branco que por decreto da Corte eram obrigados a usar como símbolo da nação portuguesa, atirou-o ao chão, dizendo:
Laço fora, soldados! Viva a Independência, a liberdade, a separação do Brasil!
Todos responderam com um viva ao "Brasil Independente" e um viva a "D. Pedro".
O Príncipe desembainhou a espada, no que foi acompanhado por todos os militares, e os civis e religiosos tiraram os chapéus. E D. Pedro disse:
-Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro fazer a liberdade do Brasil!
-Juramos, responderam todos.
D. Pedro embainhou a espada, no que foi imitado pelos demais, colocou-se à frente da comitiva e voltou-se, ficando em pé nos estribos:
-Brasileiros, a nossa divisa, de hoje em diante, será "INDEPENDECIA OU MORTE".
Eram 16,30 horas, de ma tarde de sábado."

RECONHECIMENTO DA INDEÉNDENCIA DO BRASIL POR PORTUGAL

E o Brasil iniciava assim a exatos 180 anos sua caminhada como um país novo...


Em 12 de outubro de 1.822, D. Pedro é aclamado IMPERADOR pelos padres do reino e coroado pelo Bispo do Rio de Janeiro em 1º de dezembro com o titulo de "D. PEDRO I, IMPERADOR DO BRASIL".
Nos primeiros tempos do Brasil Independente, agrava-se a crise uma velha crise que se estendeu até a adoção da primeira Constituição Brasileira, aprovada em 1.824.
E Portugal somente RECONHECE A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL em 1825, quando D. João VI assina o tratado denominado de "Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil".

ENCERRAMENTO

Muitos outros fatos importantes poderiam ser citados, como a Proclamação da Independência pelo Grande Oriente do Brasil, na realidade proclamada dia 9 de setembro e não dia 20 de agosto como alguns historiadores erradamente pregam. 20º dia do sexto mês maçônico, do ano da verdadeira Luz de 5.822. Como o ano maçônico inicia-se dia 21 de março, o sexto mês é setembro, e o vigésimo dia é 9.
Isso é o que eu selecionei para apresentar hoje, após consultar diversos livros de historia e revistas maçônicas, mas principalmente na Internet, onde consultei nove "sites" a respeito do assunto. Nenhum desses "Sites" tinha caráter maçônico, todos profanos, porem todos destacam muito a participação decisiva e heróica da maçonaria em todos esses movimentos.
É um breve resumo do acontecido desde o descobrimento até a Independência do Brasil com relação a Portugal, com fatos que nos enchem de orgulho.
Mas o Brasil hoje é Independente?
Não, e nunca o será totalmente, a independência é um processo continuo e constante, precisamos estar sempre alertas, a luta pela Independência nunca terminará. Outros fatos ocorrerão certamente e é necessário que a maçonaria de hoje, exemplando-se no passado, continue atuando patrioticamente, para que os Irmãos que neste Templo, estiverem participando no futuro de alguma Sessão Magna Comemorativa de algum acontecimento de nossa época, possam ter de nós o mesmo orgulho que sentimos hoje pela atuação patriótica de nossos Irmãos do passado.
Temos sim movimentos libertários nos quais nós maçons precisamos atuar com o maior empenho possível, nossa participação poderá ser decisiva no combate às drogas, na luta contra a violência, contra a corrupção, pela ecologia, etc.
O Grande Oriente do Brasil está nos orientando com o programa "Maçonaria contra as Drogas", nele estamos engajados, e o combate ás drogas engloba naturalmente a luta contra a violência e contra a corrupção.
Precisamos acordar a maçonaria, estamos próximos de uma Eleição Geral, o voto pode ser o caminho.
E para encerrar vou ler uma pequena frase pinçada de um artigo publicado no Jornal "Correio Brasiliense" em junho de 1.809. (13 anos antes de Independência)
"Um povo para obrar com energia, é necessário que sinta sua existência política; que tenha voto. O povo que não goza isto, facilmente se reduz a um rebanho de carneiros, incapazes de grandes ações; incapazes até de defender a Pátria".

D. PEDRO I

(O título de "Defensor do Brasil" já lhe havia sido concedido pelos maçons, em 13 de maio de 1822.) Em 1.826, instalou a Câmara e o Senado, numa tentativa de equilibrar a posição política e financeira do país, e, mesmo com um empréstimo externo conseguido, a situação se agravou e levou-o a abdicar em 1.831.
Faleceu em 1.834, no mesmo local de seu nascimento, tendo por sua vontade, sido doado seu coração a cidade do Porto, onde é conservado como relíquia e seu corpo sepultado em São Vicente de Fora, até 1.972, quando como parte das comemorações dos 150 anos da Independência, foi transladado para o Brasil, onde está sepultado, numa colina as margens do Riacho Ipiranga, em São Paulo, local histórico do famoso grito "INDEPENDÊNCIA OU MORTE".
Alguns autores o descrevem como inculto, o que não é verdade, falava corretamente vários idiomas - francês, inglês, alemão e latim - tinha uma sólida formação musical, compositor de muito talento, tocava diversos instrumentos musicais, como oboé, fagote, cravo, violino, violoncelo, flauta, clarineta e trombone. São de sua autoria o Hino da Independência, o Hino Maçônico, e o Hino Constitucional, que foi o hino oficial português até 1.910.

JOAQUIM GONÇALVES LEDO

Filho de Antônio Gonçalves Ledo, e de D. Antônia Maria dos Reis Ledo, nasceu a 11 de dezembro de 1.781, em Cachoeira de Macacú, Rio de Janeiro, republicano convicto, soube sufocar o seu ideal político ao sentir que só a monarquia constitucional poderia fazer a Independência do Brasil. Coube-lhe maior participação no movimento para a permanência do Príncipe no Brasil, que passou para a história como o "DIA DO FICO", esse foi o grande passo para a Independência.
Ledo, em sua atividade jornalística, juntamente com o também maçom, Cônego Januário da Cunha Barbosa, criam o jornal "Revérbero Constitucional Fluminense", que muito contribuiu para a formação de uma consciência brasileira, pregando idéias de rompimento total com Portugal.
Ledo morreu em 1.846.

JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA

Nascido a 13 de junho de 1.763, em Santos (SP), foi cientista político e Ministro de Estado. Teve participação notória juntamente com outros maçons, para a permanência de D. Pedro no Brasil.
Fundador do Grande Oriente do Brasil, foi o seu primeiro Grão Mestre.
Em 1.831, após a abdicação, D. Pedro I nomeou Bonifácio como tutor de seu filho D. Pedro II. Em 1.832, foi destituído da tutoria, preso, processado e, posteriormente, absolvido, vindo a morrer na obscuridade em 6 de abril de 1.838.

HIPÓLITO JOSÉ DA COSTA

Português, nascido em 1.774, faleceu em 1.823.
É considerado o fundador do jornalismo no Brasil, fundou o periódico "Correio Brasiliense", em Londres em 1º de junho de 1.808. 3 meses antes da criação da "Gazeta do Rio de Janeiro", jornal oficial da Coroa, lançado no Rio de Janeiro, em 10 de setembro de 1.808.
Foi preso em 1.802 e em 1.804 conseguiu fugir e refugiou-se na Inglaterra.
Até hoje não foi encontrada a explicação de como Hipólito conseguia manter-se e manter esse jornal na Inglaterra, de onde vinha o dinheiro?

FECHAMENTO DA MAÇONARIA

Era tenso o momento político, havia muitos boatos de conspiração contra o governo e as ameaçadoras intenções dos partidários de Ledo, precisavam ser investigadas.
Através de carta datada de 21 de outubro de 1822, vendo que seus mais próximos elementos de influencia, Ledo e Bonifácio, se digladiavam, D. Pedro Achou por bem suspender os trabalhos do Grande Oriente do Brasil, até segunda ordem, para averiguações.
Já no dia 25, Mandou um bilhete para Ledo, dando ciência de que os trabalhos poderiasm ser reiniciados na próxima segunda-feira, dia 28. Mas o grupo de Ledo estava sob processo por Bonifácio, e os trabalhos não foram reabertos.Os trabalhos só retornaram depois da pacificação do grupo de Ledo e de Bonifácio, após a abdicação.
Em 12 de outubro, dia de seu aniversario D. Pedro foi Proclamado Imperador e Defensor Perpetuo do Brasil, e em 1 de dezembro de 1822, foi sagrado e coroado.
Aug:. e Resp:. Loj:. Simb:. "Fraternidade Walter Miguel"
Palestra apresentada em 07 de setembro de 2.002


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

"HISTÓRIAS PITORESCAS DE MAÇONS CÉLEBRES"
Autor: Ir:. José Castelani


(da biblioteca do Ir:. Fuad Haddad)
"OS MAÇONS QUE FIZERAM A HISTÓRIA DO BRASIL"
Autor: Ir:. José Castelani


"A MAÇONARIA E AS FORÇAS SECRETAS DA REVOLUÇÃO"
Autor: Ir:. Morivalde Calvet Fagundes


"A MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA"
Autor: Ir:. Teixeira Pinto


"A MAÇONARIA NA HISTÓRIA DO BRASIL"
Autor: Ir:.M. Gomes

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